sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

Contagem decrescente...

Começa a contagem decrescente para o regresso à terra natal. Para trás ficam momentos muito bons, outros menos positivos, mas que nos ensinam a crescer. Esta ilha cheia de magia e encanto, por vezes tem os seus dissabores.
Ficam pessoas e lugares que jamais irei esquecer, foram 4 meses intensos. Desejo regressar, mas agora preciso de um pouco do nosso Portugal!! De civilização! De boa comida!!

Um até já Timor-Leste!
Um olá de novo Portugal!

;)

sábado, 5 de novembro de 2011

Contemplo o lago mudo

Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.

O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.

Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Visita ao distrito de Lautém

O paraíso é na terra! Se não acreditam, as imagens falam por si...
;)

 Vista da costa timorense da pousada de Tutuala

Ilheú de Jaco I

 Ilha de Timor vista de Jaco

Cabeça do crocodilo 

Ilheú de Jaco II

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

2 meses...

Hoje faz dois meses que cheguei à ilha. Dois meses depois as saudades começaram a apertar… já entrámos na rotina.
Tenho duas turmas, uma de bacharelato, com quem comecei logo desde o inicio que vim para Same, e uma turma de oficina, é um curso elementar de língua portuguesa, com quem estou à uma semana. Estou a gostar muito do convívio com o povo timorense.
A cultura timorense tem enumeras curiosidades, imaginem só que quando uma pessoa cai, têm o costume de deitar água no chão para a pessoa não sentir dor.
O clima por cá está a mudar, estamos a deixar o “inverno” para trás, começando o verão e a época das chuvas. Desde à três dias que tem chovido à tarde, mas de manhã o calor é muito.
A vila onde estou é pacífica e as pessoas amáveis, mas para chegar até cá é um custo… são +/- 84 km que se fazem em 4 horas… e sempre aos saltinhos como se estivéssemos no mar.
A casa onde vivo é boa, pena que não tenhamos luz do estado à quase duas semanas (temos o gerador) e a água por vezes também falha. Mas isto é o que transforma Timor num país único! Como se costuma dizer: primeiro estranha-se, depois entranha-se…

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Olá

Olá a todos,
Depois de algum tempo sem escrever, pela mais variadas razões, como não ter internet ou porque o “jet lag” ainda está presente no dia a dia.
A viagem até Timor correu bem, apesar de alguns percalços, como por exemplo, termos chegado mesmo em cima da hora a Frankfurt para apanhar o avião até Singapura. Ou, então, em Singapura os recepcionistas tiveram mais de 1h30m para nos fazer o check in. Mas nada que não se ultrapasse com a motivação de vir nesta aventura.
Singapura é qualquer coisa de especial… tanta vida, luz, agitação… Já eram muito de noite quando fomos para o hotel e ainda havia imensa gente na rua. E o cheiro a especiarias no ar?! É maravilhoso! Para quem goste de movimento, recomendo (embora que também não tivesse visto muito além daqueles lugares mais turísticos).
Já em Timor fomos muito bem recebidos. Já passeamos um bocadinho por Díli.
Até agora tem sido uma experiência enriquecedora a nível humano. Por aqui as coisas são muito diferentes daquilo que nós pensamos. Mas o sorriso dos timorenses quando percebem que somos portugueses aquece o coração. E é tão bom ouvi-los (embora que por vezes com dificuldades) a falar português.
Um beijinho de Timor com amor ;)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Menos de 48 horas...

   A menos de 48 horas da partida para uma das maiores aventuras da minha vida, sinto um misto de sentimentos em que oscilam entre a quase depressão de estar longe de todos e a euforia por conhecer pessoas, realidades, culturas, etc diferentes!!
    Têm sido uns dias completamente loucos! No fim de semana o festival Mêda+ (pouco há mais para dizer, se é que vocês me percebem!! =P). Ontem (segunda dia 01) andei pela capital, fui assinar O contrato!! ;) Hoje (terça dia 02) fui até ao Porto entregar a primeira bagagem que vai desacompanhada. Amanhã (quarta dia 03) é dia de ultimar todos os pormenores pendentes e quinta-feira lá vamos nós!!! Sexta-feira Singapura é nossa e sábado welcome to Timor-leste!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um pouco mais sobre Timor-Leste (parte III) - O tétum

"Actualmente, o tétum é a língua com maior expressão em Timor Leste, devido à sua utilização enquanto língua franca.
 
Esta realidade é fruto do percurso do próprio país. O tétum é uma língua da família austronésica, ou malaio-polinésica, que parece originária da Formosa e talvez também do sul da China continental.

O primeiro tétum, o tétum-terik, já se havia estabelecido como língua franca antes da chegada dos Portugueses, aparentemente em consequência da conquista da parte oriental da ilha pelo Império dos Belos e da necessidade de um instrumento de comunicação comum para as trocas comerciais. Com a chegada dos Portugueses à ilha, o tétum apodera-se de vocábulos portugueses e malaieses e integra-os no seu léxico, tornando-se uma língua crioula e simplificada — nasce o tétum praça. Muito embora, em finais do século XIX, os jesuítas de Soibada tenham já traduzido para tétum parte da Bíblia e, em 1913, o governador da colónia tenha tentado introduzir o tétum no sistema educativotimorense, é apenas em 1981 que a Igreja adopta esta língua na liturgia. Ainda que o tétum praça possua variações regionais e sociais, hoje o seu uso é alargado porque é compreendido por quase toda a população timorense."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um pouco mais sobe Timor-Leste (parte II) - A diversidade linguística

"A ilha de Timor foi, primeiramente, povoada pelos povos Papua, cerca de 7000 a. C., e pelos povos austronésicos, aproximadamente 2000 anos a. O., tendo, posteriormente, sido abordada por outros povos em migração entre a Ásia e a Austrália e o arquipélago do Pacífico. A diversidade geográfica da ilha, as guerras internas entre povos e a consequente integração de subgru­pos em outros grupos étnico-linguísticos provocaram uma diversidade cultu­ral e linguística no território, de tal forma que, hoje, dificilmente se podem identificar e territorializar os diferentes grupos étnicos. Um único grupo pode actualmente falar até cinco línguas diferentes, da mesma forma que uma mesma língua pode constituir a forma de expressão de vários grupos étni­cos. Se atendermos apenas às características linguísticas dos povos, são re­conhecíveis cerca de 20 grupos principais em Timor Leste e um número mais reduzido de dialectos.
 
A grande maioria das línguas timorenses filia-se na família austronésica, ou malaio-polinésica, muito provavelmente difundida graças à ocupação proto-malaia da Insulíndia e ilhas do Pacífico. Outras línguas, como o búnak, o fatulúku e o makas­sai possuem, provavelmente, raízes nas línguas papuas.
 
A necessidade de comunicação entre povos, especialmente com fim a trocas comerciais, originou, aos longo dos tempos, a eleição de línguas francas. É neste sentido que deve ser compreendida a expansão do tétum, língua original dos Belos, divulgada pela sua conquista da parte leste da ilha de Timor.
 
Naturalmente, a evolução linguística e as diferentes ocupações do território têm vindo a provocar o desaparecimento de algumas línguas, absorvidas por outras de maior expressão ou reduzidas a minorias circunscritas. Desde meados do século >0< até hoje, as principais línguas timorenses têm mantido uma percentagem de falantes semelhante ou manifestado uma tendência para a sua diminuição, como é o caso do tocodede e do kêmak. Apenas o tétum manifesta uma tendência para crescer, sabendo-se, inclusive, que, não obstante o facto de apenas cerca de um quarto da população actual o considerar como primeira língua, a maioria da população o utiliza actualmente como a sua língua veicular.
 
Em termos territoriais, à excepção do tétum, que se difunde numa área mais vasta mas descon­tínua, as línguas de Timor Leste possuem uma expressão bem demarcada na ilha.
No Oecússi a principal forma de comunicação é o baiqueno, língua original dos Atoni, povo de Timor indonésio, prevendo-se a sua continuidade linguística devido ao isolamento do enclave. Ainda assim, o tétum já é falado por uma percentagem significativa da população.
 
 
 
Junto à fronteira com a Indonésia, a situação é de heterogeneidade. No sul, em Covalima, predomina o tétum, e no interior, em Bobonaro, o kêmak e o búnak misturam-se.


Esta diversidade linguística é quebrada pela homogeneidade linguística dos distritos de Liquiçá e Díli e da zona do interior montanhoso. Em Liquiçá toda a população fala tocodede e em Díli a língua franca venceu como meio de comunicação. Nas montanhas é o mambae que se afirma como dialecto principal, estendendo-se até à costa sul do território, entrando pelos distritos de Ainaro e Manufahi. O mambae é ainda hoje a língua materna mais falada em todo o território, representando grupos étnicos variados.


No distrito de Manatuto são quatro os dialectos falados, com áreas de difusão claramente demarcadas: no norte fala-se o galóli, no centro o habo e o idaté e no sul o tétum. Ainda que, percentualmente, o galóli não seja dos principais dialectos do país, ele assume alguma importância em Timor, na medida em que foi adoptado pela Igreja neste distrito e, por isso, fixado em gramáticas e dicionários.
 
Nos distritos de Baucau e Viqueque predomina o makasai como forma de expressão, ainda que não corresponda a um grupo étnico único, comu­nicando-se também em tétum nos subdistritos mais ocidentais e expres­sando-se em uaimoa e em mídiki nas regiões interiores.
 
O extremo leste é globalmente dominado pelo fatalúku, ainda que na sua costa sul e na fronteira com Viqueque, se encontrem outras línguas com menor expressão.
Actualmente, também o português, o malaio e o mandarim, de entre ou­tras línguas de origem chinesa, são falados em Timor Leste, se bem que por grupos de população extremamente pequenos. A sua existência prende-se fundamentalmente com as ocupações de que foi alvo o ter­ritório e com os fluxos migratórios de população chinesa, mas apenas as línguas chinesas são representativas de um grupo étnico particular."

Fonte: http://www2.ilch.uminho.pt/portaldealunos/LLE/MajorP/1ano/TCH/P1/Brigida/index.html

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um pouco mais sobre Timor-Leste (parte I)

   Em termos administrativos, Timor Leste encontra-se dividido em 13 distritos: Bobo­naro, Liquiçá, Dili e Baucau, na costa norte; Covalima, Ainaro, Manufahi e Viqueque, na costa sul; Manatuto e Lautém, da costa norte à costa sul; Ermera e Aileu, situados no inte­rior montanhoso; e Oecússi, enclave no ter­ritório indonésio. Cada um destes distritos possui uma cidade capital e é formado, por sua vez, por subdistritos, variando o número destes entre três e sete, numa média de cinco subdistritos por distrito. De entre todos os distritos de Timor Leste, é Viqueque que apresenta uma área maior (1 884 km2) e Díli dimensões menores — (364 km2). De uma maneira geral, os distritos do território mais centrais apresentam uma dimensão menor, e os distritos localizados junto à fronteira e na zona leste apresentam áreas superiores à média. Em termos demográficos, é o distrito de Díli que apresenta maiores valores totais — 120 mil habitantes —, e Aileu é o distrito com menor população, muito embora possua uma área superior ao dobro da de Díli.
Distritos de Timor-Leste

   Os 67 subdistritos inseridos nos 13 distritos possuem, cada um, igualmente uma cidade capital e subdivisões administrativas, os su­cos, que variam entre 2 a 18 por subdistrito. O maior subdistrito é o de Lospalos, em Lautém, com 635 km2, e o menor é Nem Feto, em Díli, com 6 km2. A localização geográfica destes subdistritos evidencia mais uma vez a tendência já mencionada de uma maior seg­mentação administrativa nas zonas central e ocidental do território de Timor Leste. Fato Lulik, sendo um dos subdistritos mais pequenos, é o menos povoado, com cerca de 2000 habitantes. Naturalmente, os subdis­tritos que apresentam maiores valores demográficos são os que compõem o distrito de Díli, mais particularmente os que englobam a cidade capital do pais, destacando-se Dom Aleixo, com 35 mil habitantes.

domingo, 17 de julho de 2011

First step

Portanto, cá estamos para o primeiro passo rumo a Timor.
Estamos algures pelo Porto para uma semana de formação, quer em cultura timorense quer em tétum e outras matérias que nos podem ser uteis no terreno. Por isso, vai ser uma semana intensiva de formação e mais formação... ;)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lenda de Timor


Um dia, um menino encontrou um bebé crocodilo esforçando para fazer o seu caminho da lagoa ao mar. Como ele estava muito fraco, o rapaz teve pena dele e levou-o em seus braços para o mar.

O crocodilo era muito grato e prometeu lembrar a bondade do rapaz. Ele disse ao garoto que sempre que quissese viajar, este deve até ao mar e chama-lo, e o crocodilo iria ajudá-lo.

Depois de um tempo, o menino lembrou-se da promessa do crocodilo, e foi para a beira do mar e chamou o crocodilo três vezes. O crocodilo disse ao rapaz para se sentar nas suas costas e ao longo dos anos, ele levou o menino em muitas viagens.

Mas, embora o crocodilo e o rapaz fossem amigos, o crocodilo era ainda um crocodilo e sentiu uma vontade irresistível de comer o menino. No entanto, isso o incomodava e ele decidiu pedir a outros animais um conselho. Ele perguntou à baleia, ao tigre, ao búfalo, e muitos outros animais, que todos disseram, "O menino foi bom para você, você não pode comê-lo". Finalmente, ele foi ver o macaco sábio. Depois de ouvir a história, o macaco xingou o crocodilo e depois desapareceu.

O crocodilo sentiu-se envergonhado e decidiu não comer o rapaz. Ao invés disso ele levou o menino em suas costas e, juntos, eles viajaram até o crocodilo ser muito velhinho. O crocodilo sentiu que nunca seria capaz de retribuir a bondade do rapaz, e disse ao menino: "Logo eu vou morrer, e formarão uma terra para você e todos os seus descendentes".

O crocodilo, em seguida, tornou-se a ilha de Timor, que ainda tem a forma do crocodilo. O rapaz teve muitos descendentes que herdaram as suas qualidades de bondade, simpatia e senso de justiça. Hoje, o povo de Timor chamar o avô "crocodilo", e sempre que cruzar um rio, tem de gritar, "Crocodilo, eu sou seu neto - não me coma!"



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Timor-Leste here we go!!

Está cada vez mais perto, apesar de ser longe...
Dani esta deve ser a maior loucura das nossas vidas!




Timor-Leste (oficialmente República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor no Sudeste Asiático, além do enclave de Oecussi, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Sua capital é Dili, situada na costa norte.


Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois.

Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.

A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficias do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela actual constituição de Timor-Leste. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende a língua indonésia, mas só uma minoria o português.

Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.

  1. Esta informação foi retirada do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timor-Leste

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa





domingo, 26 de junho de 2011

The beginning

Ora portanto cá vai o primeiro post.


A pedido de várias famílias (vá nem foram assim tantas, talvez uma ou duas pessoas..) criei o MEU blog.

Welcome aboard and enjoy the trip to my world!! ;)